domingo, 23 de fevereiro de 2014

"Meu objetivo não é ser top 20 e sim o Nº 1"

VIVA O LETÃO ERNEST GULBIS!

Assisti o jogo do tenista da letônia contra o francês Richard Gasquet no Aberto de Marselha, na França. Que show de tênis entre os dois na semifinal do torneio. Um dos backhands mais bonitos do circuito, o francês bem que tentou, mas não foi páreo para Gulbis. Maravilhoso tênis apresentando pelo jovem! Uma aula de tênis, uma intensidade que não me surpreenderia se ele conseguisse o que disse na frase do título do texto. O jogador milionário(sim, ele já era milionário antes de jogar tênis), há muito tempo mostra que tem um talento diferenciado entre os jogadores da nova geração. Mas preferia curtir a vida adoidado antes de se dedicar "full time" ao esporte. Agora parece que as coisas se inverteram, e ele não está pra brincadeira.



Com o caneco do torneio francês.Na final bateu outro tenista da casa: o clone de Cassius Clay, Jo Tsonga.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

NOLE, X-BOX E GUGA!

"Lembro-me ainda da partidas de tênis jogadas com Gael Monfils. Mas não na quadra, e sim no X-Box. Nisso Novak era insuperável. Não arrancávamos sequer um ponto dele. Parecíamos leigos entrando no campo para jogar contra o melhor do mundo. Perdíamos tanto para ele que já não lhe era interessante jogar contra nós. Como nesses jogos existe a opção de escolher um dos tenistas neles listados, Novak optou por Gustavo Kuerten, e todo o tempo fazia aquele som característico desse brasileiro quando golpeava a bola durante as partidas. Uma vez, o próprio Kuerten estava passando perto, e Novak o chamou, muito entusiasmado:" Guga, Guga, vem cá, por favor, escolhi você...". Recordo também que Novak, numa ocasião enquanto Monfils estava sentado sozinho no vestiário, chegou devagar pelas suas costas e o assustou imitando a voz de Kuerten quando golpeia a bola. Monfils pulou feito um gato. Para Novak, Kuerten era muito interessante como jogador, e mais ainda como pessoa, por ser igual a ele, pelo caráter e a maneira como aceitava os gracejos. Sempre quando encontrava Guga, brincava ou soltava alguma gracinha, e Guga sempre estava pronto para participar.

Uma vez, no complexo do Aberto dos Estados Unidos, Novak viu Kuerten de longe e começou a chamá-lo "Guga, Guga!!"; quando Kuerten se virou, Novak pulou, com os braços erguidos e os punhos fechados, como se tivesse comemorando alguma de suas vitórias. Nesse ponto, voltamos ao que considero uma das mais importantes características de Novak. Ele sabe quando precisa trabalhar e quando precisa relaxar, e nunca tem malícia ou faz zombaria, mas somente um humor de qualidade, que resulta em alguma situação positiva de espírito".

Gustavo Kuerten conta:" Novak e eu temos características e natureza semelhante. Gostamos de curtir a vida da mesma maneira.Tenho de salientar que existe algo que liga os dois países de onde viemos. As pessoas no Brasil e na Sérvia compreendem as coisas de maneira séria, mas também gostam de rir, e relaxar dessa seriedade. Por exemplo, fiquei emocionado ao ver como as pessoas na Sérvia festejaram nas ruas quando Novak se tornou o número um. União,felicidade e prazer na vida, isto é natural de nossas culturas, e sem dúvida uma das razões por que Novak e eu temos afinidade um com o outro. Quanto aos joguinhos de X-Box de Cincinatti... eu lhe dei um bom conselho. Sabendo onde sou bom e onde não, disse-lhe que, quando me escolhesse, aproveitasse máximo o backhand, e que ficasse sempre muito atento quando saísse para a rede. Lembro-me do quanto me diverti olhando os jovens tenistas distraindo-se, inspirados, com o meu jogo. Esta não é a imagem comum no mundo do tênis, e realmente fiquei muito contente".(Biografia de Novak Djokovic)