segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A Geração dos Recordes

A geração dos tenistas que vem dominando o circuito há alguns anos parece ser a geração dos destruidores de recordes. O trio de ferro do tênis tem todas as qualificações para marcar essa fase na história do esporte como uma das mais fortes de todos os tempos.

 
Roger Federer já é considerado pela maior parte dos fãs de tênis do mundo inteiro como o maior jogador de toda a história. Se o estilo clássico, a elegância e todo talento do suíço não forem suficientes para convencê-los, há os números. Os impressionantes números de Roger Federer: 302 semanas como líder do ranking, 237 semanas consecutivas na liderança, 17 títulos de Grand Slam, sete só em Wimbledon, 260 vitórias em Grand Slam na carreira.  Federer se acostumou a bater recordes. Até Pete Sampras disse que já se acostumou e não fica mais surpreso quando o suíço destrói outro recorde que já foi dele.

Rafael Nadal é outro que adora quebrar recordes. O espanhol explodiu muito cedo no circuito e por conta disso tem uma lista de coisas em que ele foi o jogador mais jovem a conseguir. O item mais importante é o Golden Carrer Slam, que é quando o jogador conquistou pelo menos uma vez os quatro torneios de Grand Slam e uma medalha de ouro olímpica. Feito que alcançou em 2010 aos 24 anos. Além disso, Nadal é o maior vencedor de Masters 1000 da história com 26 conquistas e o jogador que mais vezes venceu Roland Garros com oito triunfos.

Rafa, que está perto de voltar ao topo do ranking, vê de longe o recorde de Federer de 302 semanas na liderança. Já que o espanhol ficou “apenas” 102 na ponta.  Porém, vê bem de perto a possibilidade de se tornar o maior vencedor de Grand Slam. Está só quatro atrás de Federer e com chances reais de ultrapassar o suíço.

Novak Djokovic ainda não detêm números tão expressivos quanto os de Federer e Nadal. Mas se tem alguém no circuito que pode surpreender e fazer história tanto quanto os outros dois, esse alguém é Djokovic. O sérvio alcançou a liderança do ranking depois de vencer o torneio de Wimbledon em 2011. Naquele ano Novak fez a temporada mais impressionante de sua carreira. Durante o Slam londrino perdeu apenas um set em sete jogos. Terminou o ano com 11 conquistas, entre elas Austrália Open e US Open.   

Nesta segunda-feira Novak Djokovic alcançou a marca de 101 semanas como líder do ranking. Igualando a marca de Andre Agassi. É o oitavo na lista dos que passaram mais tempo na liderança, uma semana atrás de Nadal. E com o preparo físico, valentia e talento já conhecidos do sérvio é difícil não o imaginar batendo recordes daqui algum tempo.

Esses são sem dúvida alguns dos ingredientes que fazem esses três atletas serem tão admirados mundo afora. E essa ser considerada uma das melhores épocas do tênis. Além de tudo que os números podem mostrar os três ainda contam um imenso carisma, cada um a sua maneira, para conquistar milhares e milhares de fãs. O esporte agradece.

Os torneios


A semana tem muita ação nas madrugadas, já que os campeonatos estão rolando lá do outro lado do mundo. Pequim traz a disputa direta pela liderança do ranking da ATP. Se Nadal chegar a final assume a ponta. Djokovic, atual campeão, tem que vencer o torneio e torcer por queda de Nadal na semi para segurar a liderança. O evento chinês conta, também, com a participação do quarto do ranking David Ferrer.

Nas quadras de Pequim também rola a disputa do WTA Premiere. Que conta com a presença das principais jogadoras do circuito. Serena Williams lidera a lista de favoritas. E Victoria Azarenka decepcionou e foi eliminada, mais uma vez, na estreia da competição.

No Japão acontece a disputa do ATP 500 de Tóquio. Juan Martín Del Potro, que volta a ativa, é o principal favorito da chave, que conta com a participação de Jo-Wilfred Tsonga.

 Lucky Loser


O português João Sousa entrou para a história do tênis no último domingo, quando se tornou o primeiro tenista da terrinha a vencer um torneio de nível ATP. Sousa, que tinha eliminado David Ferrer nas quartas de final, bateu o francês Julien Benneteau para conquistar o título de Kuala Lumpur. Tamanho feito rendeu elogios até de um dos portugueses mais famosos do mundo. Cristiano Ronaldo parabenizou Sousa via Twitter. Lucky Loser da semana para ele.

 

 Rapidinhas

No outro torneio ATP da semana passada Milos Raonic surpreendeu Tomas Berdych na final de Bangkok e conquistou seu segundo título no ano.

Já no circuito WTA, Petra Kvitova derrotou Angelique Kerber e levantou o troféu de Tóquio. Ao contrário do que dizia a maior parte dos comentários parece que o namoro com Radek Stepanek não fez mal a moça. Que continue assim.

Nossa Teliana Pereira conquistou seu terceiro título de nível Challenge consecutivo. Com o triunfo subiu para posição 95 do ranking da WTA. Boa garota!

Grigor Dimitrov resolveu seguir sua musa, Sharapova, e também demitiu o técnico.

 

Débora Souza

     

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

OS FATOS

Enquanto o Lucky Loser estava quietinho, desde a final do US Open, muita coisa rolou no mundo da bolinha amarela. Alguns destaques das semanas que passaram:

A ITF confirmou o doping de Marin Cilic, o croata pegou nove meses de gancho;

Andy Murray passou por cirurgia nas costas e ainda não tem data para retornar as quadras;

Jo-Wilfred Tsonga voltou à ativa depois de um bom período fora de combate por lesão no joelho. Porém, foi derrotado na final do torneio de Metz, na França, pelo compatriota Gilles Simon     

Ernests Gulbis levou a sério e levantou o troféu de São Petersburgo, na Rússia, ao derrotar o espanhol Guillermo Garcia Lopez na final;  

A Sérvia escolheu o piso duro para a disputa da final da Copa Davis contra a atual campeã República Tcheca. (Acho que estão dando moral para Tomas Berdych, enfim...);

Serena Williams confirmou o número um do ranking da WTA até o fim do ano;

Rafael Nadal confirmou presença no Rio Open e ausência no Brasil Open do próximo ano;

Thomaz Bellucci demitiu o técnico Daniel Orsanic;

Novak Djokovic anunciou oficialmente seu noivado com Jelena Ristic;  

O namoro de Petra Kvitova e do “galã” Radek Stepanek deu o que falar.

As disputas


Nesta semana começaram os torneios da gira asiática. Com duas disputas de nível 250 da ATP, Bangkok na Tailândia e Kuala Lumpur na Malásia, e o WTA de Tóquio no Japão.

Em Bangkok, Tomas Berdych e Richard Gasquet são os grandes favoritos em ação, o francês é o atual campeão do torneio.

Já em Kuala Lumpur, o cabeça de chave um da disputa, o espanhol David Ferrer, foi surpreendido pelo português João Sousa e caiu nas quartas de final. Com isso, Stanislas Wawrinka ganha força como o grande favorito para levantar a taça.

Na disputa do feminino a principal favorita, Victoria Azarenka, foi derrotada por Venus Williams logo na estreia da competição. Porém, Venus foi parada por Petra Kvitova na semi. A tcheca batalha pelo caneco, neste sábado, contra a alemã Angelique Kerber que venceu Caroline Wozniack.  

Entretanto, todos já estão ansiosos pela próxima semana. O ATP 500 de Pequim marca a briga direta pelo primeiro lugar do ranking. Novak Djokovic e Rafael Nadal lutam em quadra pela liderança. Se o espanhol vencer o torneio toma a ponta do ranking das mãos do sérvio. Promessa de emoções fortes. Estamos de olho.

 

Débora Souza

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Imbatível

Rafael Nadal continua imbatível no piso duro. Indian Wells, Montreal, Cincinatti e US Open todos terminaram da mesma maneira, com o espanhol mordendo a taça de campeão. Ninguém poderia imaginar que depois da contusão no joelho, Nadal, faria uma temporada tão espetacular. O rei do saibro reina, agora, no piso duro. 



"Para mim, é muito mais do que sempre pensei, do que sempre sonhei. Continuarei a trabalhar duro. Continuarei a fazer minhas coisas para continuar competitivo no futuro, e para ter mais chances de vencer torneio como este aqui. Treze é um número fantástico"

A final foi mais um jogo fantástico entre Nadal e Djokovic. O clássico teve muitas jogadas de tirar o fôlego, um rallie com 54 trocas e bolas que pareciam impossíveis de serem defendidas, mas que sempre voltavam para o outro lado. Quando Rafa e Nole entram em quadra, sempre, mostram porque são os melhores jogadores da atualidade. O nível que os dois conseguem juntos é surpreendente e parece que a cada jogo fica melhor.
A emoção do espanhol ao vencer mostra o quanto esse duelo é grande. E os dois sempre nos mostram que são atletas e pessoas espetaculares.


Rafa soma 13 títulos de Grand Slam na carreira, 10 taças na temporada e está cada vez mais perto do topo do ranking. O ano reserva, ainda, a disputa de dois Masters 1000 e o ATP Finals. Será que o touro continua invicto?

Lucky Loser

Toda semana escolhemos aqui no blog um/uma tenista que se destacou na semana. Fugindo, claro, daqueles que sempre se destacam. Nesta edição do US Open Stanislas Wawrinka foi surpreendente. Mostrou um tênis de muita qualidade e uma atitude diferente dentro de quadra. Wawrinka, que é dono de um dos backhands mais bonitos do circuito, mostrou toda tranquilidade para bater Tomas Berdych e Andy Murray e fez um jogão contra Novak Djokovic. Nesse o controle emocional não foi tão bom assim, já que o suíço destruiu uma raquete. Porém, Stan provou que pode jogar de igual para igual com os grandes. Por isso é dele nosso troféu Lucky Loser da semana!


Após o jogo com Djoko, Wawrinka foi muito aplaudido pelo público da Arthur Ashe. Até a TV americana reconheceu o esforço do suíço e quebrou o protocolo, entrevistou Stan ainda em quadra.  

A semana é de disputa na Copa Davis. O Brasil briga com Alemanha pela permanência no grupo mundial. Assunto do próximo post.

Débora Souza
 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Batalha do Ashe

Pela terceira vez na história Novak Djokovic e Rafael Nadal irão decidir o US Open. Os dois tenistas vêm dominando o circuito já há algum tempo. Djoko e Nadal entrarão em quadra para fazer a partida de número 37 entre eles, o duelo que mais se repetiu na história do tênis. A expectativa é de um grande jogo como normalmente acontece quando os dois se enfrentam. Neste ano foram três confrontos. Em Monte Carlo, Novak levou a melhor, mas em Roland Garros e Montreal, Rafa saiu vencedor.  
Nas batalhas na Arthur Ashe foram dois grandes jogos de quatro sets. Cada um venceu em uma oportunidade:
2011 Djokovic x Nadal 6/2 6/4 6/7 6/1

2010 Nadal x Djokovic 6/4 5/7 6/4 6/2


Para chegar à decisão Djokovic fez a melhor partida do torneio contra Wawrinka. Cinco sets e quatro horas depois assinou a credencial para a final. Já Nadal teve vida muito mais tranquila e derrotou Gasquet em sets diretos para alcançar a final.

Bruno

A final de duplas masculinas envolvendo o brasileiro Bruno Soares não foi como imaginávamos. A contusão de Alex Peya e, talvez, um excesso de nervosismo atrapalharam o desempenho da dupla número dois do mundo. Porém, lamentar é a última coisa que devemos fazer. Bruno e Peya estão tendo um ano maravilhoso, conquistaram títulos importantes e estão só atrás dos Bryans Brothers no ranking. Além de estarem classificados para o ATP Finals. Agora é torcer para os resultados continuarem aparecendo. Valeu Bruno e Alex!

 

Serena x Vika

 
Muitas vezes o tênis feminino exibe partidas mornas e até chatas, pela diferença técnica e física das jogadoras. Quantos 6/0 aconteceram nesta edição do US Open? Por isso, a chave feminina não costuma ter a mesma atenção da impressa e dos fãs como a masculina. Entretanto, Serena Williams e Victoria Azarenka fizeram uma partida incrível provando que as meninas também podem jogar em alto nível.
As duas são as melhores jogadoras da atualidade. E só Azarenka parece ter cartel para enfrente Serena de igual para igual. As tenistas jogaram com muita vontade e em um nível incrível. Serena e Vika abusaram de bolas anguladas batidas com muita força e a consistência das duas resultou em rallies emocionantes. No final Serena levou a melhor, mas Vika valorizou muito o título da americana. A bielorrussa foi aplaudida de pé pelos torcedores durante a premiação.
Serena venceu o US Open pela quinta vez. Soma nove conquistas no ano e continua sobrando na liderança do ranking da WTA.
Débora Souza

domingo, 8 de setembro de 2013

Bruno é Brasil

A zebra não quis dar as caras durante as semifinais do US Open. Apesar da luta de Stan Wawrinka, que jogou muito e exigiu todo o esforço do adversário, Djoko levou a melhor mais uma vez. Já Gasquet até tentou lutar, entretanto o cansaço dos dois últimos jogos fez o francês ceder diante do ritmo de Rafa. Assim, Novak Djokovic e Rafael Nadal confirmaram o favoritismo e vão decidir o Slam americano pela terceira vez. Mas, isso é assunto para depois.
 
 
 O domingo reserva grandes emoções para o Brasil. Bruno Soares entra em quadra para tentar a conquista do seu primeiro título de Grand Slam em duplas masculina. O mineiro e o austríaco, Alexander Peya, tem a difícil missão de derrotar Leander Paes e Radek Stepanek. Bruno deve aproveitar a boa fase para fazer história outra vez (esse ano se tornou o único tenista brasileiro a vencer um Masters em duplas). 
 
 

Em um ano recheado de títulos, Bruno, conseguiu mudar indiretamente até as transmissões da TV. Depois da conquista do US Open, em duplas mistas no ano passado, é cada vez mais comum as redes de TV do nosso país mostrarem os jogos de duplas. Nesse US Open foram transmitidos vários jogos, tanto de Soares como de Marcelo Melo, na ESPN e SPORTV. Os canais mostraram, ainda, disputas nas chaves de duplas que nem envolviam os brasileiros.

Sem dúvida uma mudança significativa até no nosso jeito de ver o tênis. Posso falar por mim, até pouco tempo atrás preferia ver Nadal, Federer ou Djokovic em ação, mesmo que um brasileiro estivesse jogando. Hoje quero ver o Bruno. E foi exatamente Soares que me fez mudar de ideia sobre os jogos de duplas. Até 2012 eu achava que jogo de duplas era chato. Então, assisti a final do Brasil Open, no Ibirapuera, que envolvia brazucas de lados opostos da quadra, Bruno Soares e André Sá. Soares levou a melhor em um ótimo jogo, e eu me apaixonei pelas duplas.

Neste ano acompanhei todos os jogos de Bruno em São Paulo e tive o prazer de conversar um pouco com ele. Com a tranquilidade do mineiro e a simpatia do brasileiro ele vai conquistando a todos. Não dá para não gostar do cara.

A ESPN mostrou, ontem, uma entrevista bem legal com Soares falando sobre a expectativa de jogar a final. A confiança, consciência e tranquilidade que o mineiro demonstrou, aumentaram minhas perspectivas sobre a final. Vale toda a nossa torcida por mais um dia histórico para o tênis brasileiro. Força Bruno!

 Final Feminina


Após a final de duplas tem o maior duelo do tênis feminino da atualidade. Mais uma vez Serena Williams e Victoria Azarenka estarão frente a frente no Arthur Ashe, repetindo a final do ano passado. Quem será que leva a melhor?


 
Débora Souza

sábado, 7 de setembro de 2013

Pelas Zebras

Depois das eliminações precoces de Roger Federer e Andy Murray aumenta a expectativa para um duelo, na final, entre Rafael Nadal e Novak Djokovic. Porém, antes os dois têm encontros marcados com Richard Gasquet e Stanislas Wawrinka. Claro que mais uma disputa entre Nole e Rafa seria emocionante. Mas, como aqui no Lucky Loser gostamos de ver o improvável acontecer, porque não uma final inédita?

Gasquet e Wawrinka fariam uma final diferente do que estamos acostumados a ver. Para começar um duelo entre as duas esquerdas com uma mão mais bonitas do circuito. Os dois já foram surpreendentes eliminando nomes como Andy Murray, David Ferrer e Tomas Berdych. Agora, o francês e o suíço, tem pela frente a missão mais difícil, conseguir vencer os dois melhores jogadores da temporada. Os números são totalmente desfavoráveis. Será que eles são capazes?

Stan 2 x 12 Nole



Richard 0 x 10 Rafa

 


 
Bora conferir já na telinha!

Débora Souza

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Destaques

Rogerinho Brilhante


A primeira semana do US Open chegou ao fim. Então, é hora de comentar os destaques e emoções que rolaram em New York.

Rogério Dutra e Silva, nosso valente tenista, furou mais uma vez o quali do US Open. Fez um jogo histórico contra o canadense Vasek Pospisil. Em uma partida que durou dois dias, por conta da chuva, salvou sete match-points e venceu o jogo com uma virada sensacional no quinto set. Assim, Rogerinho, se qualificou para enfrentar Rafael Nadal na rodada noturna do Arthur Ashe. Como era esperado o brasileiro perdeu a partida, porém saiu de quadra com a certeza de dever cumprido. Rogerinho repetiu o resultado do ano passado, quando foi derrotado na segunda rodada por Djokovic. O brasileiro sabe que jogos assim são inesquecíveis e podem dar a confiança para “alavancar a carreira” como ele mesmo destacou após a partida. Valeu Rogerinho o nosso Lucky Loser da semana!  

 
O brasileiro recebeu elogios de Nadal: “Ele jogou com uma grande atitude, lutou por todas as bolas. Talvez estivesse cansado depois de uma incrível partida contra um grande jogador que é Popisil. Fui à quadra com muito respeito, pois ele superou Pospisil, que foi muito bem em Montreal”.

 Lleyton Hewitt


Como é bom ver os tenistas veteranos do circuito fazerem ótimos jogos e mostrarem aos jovens que não é bom perder o respeito por eles. Os “trintões” estão com tudo nesse ano. No último post destaquei que 14 tenistas com mais de 30 anos foram campeões em 2013. Com ótimo físico e muita habilidade nomes como, Roger Federer, Tommy Haas e Lleyton Hewitt ainda encantam o público.

Hewitt fez um grande jogo contra um dos favoritos ao título, o argentino Juan Martin Del Potro. Em quatro horas de partida e cinco sets o australiano mostrou muita técnica, raça e um ótimo preparo físico. O jogo válido pela segunda rodada levantou o público na Arthur Ashe e trouxe muitas boas memórias do campeão de 2001.

 

Depois das aposentadorias de Ferrero e Roddick no ano passado é muito bom ver que alguns jogadores são capazes de superar as dores e, principalmente, a vaidade e continuar jogando pelo simples fato de amar o tênis. Para Lleyton pouco importa que ele não seja mais o número um do mundo. O que ele quer é estar em quadra e se divertir fazendo o que mais gosta. Hewitt merece nosso respeito. O australiano alcançou as oitavas e pode ir mais longe, por que não? C’mon!


Surpreendente Duval


Com apenas 17 anos, Victoria Duval, mostrou coragem e talento ao derrotar a campeã de 2011, Samantha Stosur. A americana emocionou o público em Flushing Meadows e já virou uma promessa para os próximos anos. Duval tem uma história de vida recheada de superações, foi sequestrada quando era criança e o pai estava no Haiti durante o terremoto de alguns anos atrás. Parece predestinada a ser uma estrela. Acabou derrotada na segunda rodada, mas fez um grande resultado.

Os Estados Unidos podem comemorar a safra de boas tenistas que tem para os próximos anos. Sloane Stephens e Victoria Duval tem tudo para seguir com o legado Williams. Já que no masculino a coisa parece estar bem feia para o lado dos americanos.

Nesta segunda-feira a grande protagonista é mesmo a chuva que cai firme em Nova York. Vamos torcer por trégua de São Pedro, grandes jogos e ótimos resultados de Bruno Soares e Marcelo Melo.          

 Débora Souza