segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Ídolos


Primeiro Novak Djokovic anunciou Boris Becker como seu novo treinador para a temporada de 2014. Depois, Roger Federer divulgou que Stefan Edberg trabalhará com ele por pelo menos 10 semanas. As duas notícias agitaram o mundo do tênis nas últimas semanas. Além de reacender uma antiga rivalidade.

Confesso que não sei bem o que Djokovic espera com a contratação de Becker. O sérvio é um dos jogadores mais completos do circuito. O mental de Nole é muito forte e confiança não falta. Isso não quer dizer que Becker não tenha nada a acrescentar, pelo contrário. O alemão é dono de seis Grand Slams, foi líder do ranking por 12 semanas e é considerado um dos melhores jogadores de toda a história. Sem dúvida tem bons conselhos a oferecer a Djokovic.

Roger Federer vive um momento onde tudo que ele precisa é confiança. O suíço começou sua pré-temporada cedo, trocou de raquete e inicia a temporada já na primeira semana. Tudo diferente do último ano, justamente por um ano bem diferente de 2013. Stefan Edberg trabalhou com Federer durante a preparação para a nova temporada e inicia o trabalho como treinador no Australia Open. Edberg é o ídolo de infância de Roger. Tem melhor maneira de regastar a confiança do que ouvir conselhos do seu herói? Não, mesmo que você tenha 32 anos. E, principalmente, se seu herói for uma lenda, dono de seis Slams e tenha liderado o ranking por 72 semanas.

As parcerias com ídolos do passado geraram polêmica, muitos aprovaram e outros desaprovaram. Rafael Nadal, por exemplo, se mostrou contrário a atitude dos rivais. "O que mais importa é o jogador, não o treinador. No meu caso, nunca precisei de um campeão do passado para me treinar. Há maneiras diferentes de achar seu treinador certo. Alguns jogadores precisam de um cara que foi um grande campeão no passado para acreditarem neles mesmos. Eu, por exemplo, não preciso de uma lenda me treinando para confiar que a pessoa está falando as coisas certas", alfinetou o espanhol.

 Convenhamos que para Nadal as coisas sejam diferentes. Essa pessoa que “fala as coisas certas” para Rafa é o tio dele. E isso desde que ele tinha quatro anos. Entretanto, para os outros a coisa funciona de maneira diferente. Quem vai discordar que Andy Murray tomou a atitude correta quando contratou Ivan Lendl? Após a parceira com o tcheco, Murray, ganhou o ouro Olímpico em Londres, US Open e Wimbledon.

A parceria entre Stanislas Wawrinka e Magnus Norman também rendeu ótimos resultados. Além da mudança de comportamento em quadra, Wawrinka teve o melhor ano da carreira e fechou a temporada como número oito do ranking.

A única parceria do tipo que não deu bons resultados foi a de Nicolás Almagro e Juan Carlos Ferrero. Almagro teve um ano péssimo e não conquistou nenhum título. Porém, o espanhol está longe de ser um jogador impressionante. Com certeza isso faz diferença na hora de ver os resultados.     

O certo é que a temporada mal começou e todos estão curiosos para saber quais serão os resultados dessas parcerias. Além das disputas quentes dentro de quadra, vai rolar rivalidade entre os treinadores. Boris Becker e Stefan Edberg travaram umas das maiores rivalidades do tênis quando jogadores. Foram 35 jogos entre eles, Becker venceu 25 e Edberg 10. Acrescente Ivan Lendl na disputa, com Becker ele fez 21 partidas, com 11 vitórias de Lendl e 10 de Becker. Entre Lendl e Edberg foram 27 jogos, Lendl venceu 13 e Edberg 14. Os treinadores podem até negar, mas sem dúvida, a rivalidade entre eles irá reacender quando seus pupilos se enfrentarem.

Penso que é muito bom para o tênis à participação direta dos ídolos do passado. Esse tempero a mais só faz a nossa curiosidade ficar ainda maior. A temporada tem tudo para ser das melhores.

A largada já foi dada. Esta semana, Nadal, Murray e Ferrer jogam em Doha e Federer joga em Brisbane. Então, feliz ano novo a todos e aproveitem muito a nova temporada ao lado dos nossos ídolos.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Tommy Haas

Faltam exatamente 10 dias para o circuito de tênis voltar à ativa. Isso mesmo, os primeiros torneios na nova temporada começarão em 30 de dezembro. Brisbane, Doha e Chennai abrirão os trabalhos para mais um ano de muito tênis.

O início do ano desperta muita expectativa em toda América Latina, todos querem saber quem serão os astros que desembarcarão do lado de cá do Atlântico. Para nós brasileiros, a expectativa é tripla. Este ano teremos o já tradicional Brasil Open, o WTA de Floripa e a estreia do Rio Open que combina a disputa no masculino e feminino.

O Rio Open começará com força total e já anunciou a participação de dois grandes astros do tênis, Rafael Nadal e David Ferrer. O WTA de Florianópolis sonha com a presença de Serena Williams.  Enquanto o Brasil Open contará com a ilustre presença de Tommy Haas. Então, o nosso post de hoje é dedicado a esse grande tenista (que é um dos preferidos do Lucky Loser), assim aproveitamos para aquecer os motores para ver a bolinha amarela em ação.     

Tommy Haas nasceu em Hamburgo, Alemanha e mora na Flórida, EUA desde os 11 anos. Começou a dar suas primeiras raquetadas aos quatro anos e desde aquela época já era possível perceber o talento do alemão. Nick Bollettieri, uns dos grandes formadores de talentos do tênis de todos os tempos, descobriu Tommy quando o alemão tinha 11 anos. Bollettieri ficou impressionado com o jovem e o chamou para treinar em sua academia. Assim, moldou um dos grandes talentos da história do tênis.

Haas é um jogador clássico, joga bem todas as superfícies e executa bem todos os golpes. Tem um ótimo saque, voleia com precisão e tem um lindo e eficiente backhand com uma mão. Tommy é um jogador versátil, consegue se adaptar rapidamente e mudar o jogo a seu favor, muitas vezes quebrando o ritmo do adversário. Além de exibir uma impressionante forma física aos 35 anos.

A carreira de Haas foi marcada por sérias lesões. A primeira lesão foi no ombro, logo após alcançar a posição de número dois do ranking. Como consequência o alemão ficou de fora de toda a temporada de 2003. Depois em 2010 uma lesão no quadril tirou Haas das quadras por quase dois anos. Contudo, Tommy voltou e desde 2011 vem conquistando ótimos resultados.

Tommy terminou o ano como número 12 do ranking. Foi protagonista de grandes partidas ao longo da temporada. Conquistou uma vitória histórica em cima de Djokovic, número um do mundo na época, no Masters de Miami.   

Haas já esteve no Brasil duas vezes, a primeira em 2010 quando acompanhou a esposa, a atriz Sara Foster na divulgação de um filme. No ano passado o alemão participou do Tour de Roger Federer em São Paulo. Os dois, que são grandes amigos, fizeram a alegria do público no Ginásio do Ibirapuera em uma divertida exibição. O ponto alto foi quando os dois vestiram a camisa da seleção e brincaram em quadra, confira o vídeo:

 Tommy é um dos tenistas mais carismáticos do circuito, passa longe da frieza alemã. Além de Federer, o brasileiro André Sá está entre os melhores amigos do alemão. Os dois jogaram juntos o torneio de duplas de Valência e tomaram um sorvetinho após o jogo de Haas em Roland Garros.

 
Tommy Haas é um grande jogador com uma carreira incrível. Ao longo desses 17 anos de estrada, o alemão conquistou 15 títulos, chegou a número dois do mundo e ganhou medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000. Apesar de nunca ter conquistado um Grand Slam, Haas é admirado por seu talento no mundo inteiro. Mas não é só pelo talento que Tommy é admirado, o alemão é praticamente unanimidade entre o público feminino, que o considera um dos jogadores mais bonitos do circuito.
Não faltam motivos para conferir a passagem de Tommy Haas em terras brasileiras. Então, não deixe de assistir o alemão nas quadras de São Paulo entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março de 2014.   

  

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lugares inusitados

O mundo do tênis está férias e o Lucky Loser aproveitou para tirar uma folguinha também. Mas, aviso a vocês que os dias de pernas para o ar já chegaram ao fim. Aqui no blog, é claro, e também para alguns jogadores que já iniciaram a pré-temporada como Andy Murray.

Nesse meio tempo entre as férias e a volta aos torneios, rolam muitas exibições ao redor do mundo. A América do Sul esteve agitadíssima nas últimas semanas com as presenças de Rafael Nadal e Novak Djkokovic. As duas feras vieram para participar das despedidas de dois grandes jogadores do lado de cá do Atlântico. No Chile Nicolás Massú e na Argentina David Nalbandian deram adeus ao tênis profissional. Entretanto, o assunto do post é outro.

Você sabe que o circuito do tênis anda pelos quatro cantos do mundo e encontra cenários de natureza exuberante e arenas espetaculares. Acrescente alguns dos maiores nomes da história do tênis, e temos um dos esportes mais assistido no planeta. Porém, como se isso não fosse suficiente para atrair milhares de fãs, muitos torneios e patrocinadores fazem de tudo para divulgar o seu evento. Assim, nascem os jogos em condições inusitadas.

Inspirada na exibição que Rafa e Nole fizeram em um cenário impressionante, na Patagônia, resolvi relembrar os lugares mais singulares em que os tenistas já tiveram a oportunidade de jogar.

 

 
 
Nadal e Djokovic se divertiram muito aqui na América do Sul. Dizem que eles não são mais amigos. Mas, quem viu algumas imagens dos dois, aqui nos nossos vizinhos, pode jurar o contrário.
 

 
Nole e Rafa fizeram uma inesquecível exibição no deque de um navio que passeava no Glaciar Perito Moreno, na cidade de El Calafate.

Sê tem um lugar que adora promover uma partida de tênis de um modo inesperado, esse lugar é Doha no Qatar. Os xeiques capricham na produção e nos garotos-propaganda: Rafael Nadal e Roger Federer.
Em 2009 os dois subiram a bordo de um navio e jogaram uma partidinha de tênis em alto-mar.

Já em 2010 o evento foi em terra firme ou quase isso. Roger e Rafa bateram uma bolinha em uma quadra suspensa no centro de Doha.
 


Em 2011 os dois voltaram para o mar. Mas dessa vez encontraram a quadra coberta pela água.

Depois de enfrentar a água, Rafa e Roger tiveram de encarar o fogo. Em 2012 toda a quadra foi iluminada por velas.


 
Antes dessas exibições em Doha, Federer e Nadal já haviam protagonizado uma disputa maluca. Foi em 2007 na "Batalha das Superfícies", que aconteceu na cidade natal do espanhol, Mallorca. Metade da quadra estava coberta por grama e a outra metade por saibro. Durante o jogo houve várias trocas de calçado, já que na grama os tenistas usam um tênis com pequenas travinhas na sola. A partida, pra lá de curiosa, terminou com vitória de Rafa por dois sets a um.

Alguns anos antes, Roger Federer já tinha estreado em partidas singulares. Em 2005 fez um jogo em uma quadra montada em um heliponto, na luxuosa cidade de Dubai. "Nas alturas" Roger teve companhia de outra fera do tênis, André Agassi.

Até mesmo o Brasil já fez a sua partida excêntrica. Em 2009 uma rede de tênis foi estendida em plena Oscar Freire, a rua mais chique de São Paulo. Então, Maria Sharapova teve a honra e o prazer de bater uma bolinha com a nossa rainha Maria Esther Bueno. As duas Marias pararam o trânsito e se divertiram muito.

Em 2010, o Premiere de Cincinnatti montou uma quadra no terraço de uns dos prédios mais altos da cidade para promover o torneio. Duas americanas foram as escolhidas para jogar no arranha-céu, Melanie Oudin e Julia Boserup.

   
O topo de uma montanha na Áustria foi mais um lugar exuberante escolhido para uma partida de tênis. O jogo, que aconteceu em 2011, foi disputado por Julia Goerges e Jarmila Gajdosova.

Neste ano, a Nike achou uma maneira muito divertida para promover os uniformes usados por suas principais estrelas. Roger Federer, Rafael Nadal, Serena Williams e Maria Sharapova disputaram uma partida de duplas mistas no escuro. A rede, as linhas e os uniformes eram fluorescentes, assim os quatro brilharam, literalmente, em Paris.


 
Até uma das principais arenas do tênis já foi palco de uma disputa diferente. No ano de 2008 rolou um jogo de basquete na quadra central de Indian Wells, devidamente adaptada para partida. Phoenix Suns e Denver Nuggets foram os times que protagonizaram a disputa em céu aberto. Lembrando que todos os jogos da NBA são realizados em arenas cobertas. Esse fato colaborou para a disputa ser ainda mais diferente.

O prédio mais alto do mundo o Burj Khalifa, de 828 metros, foi escolhido para divulgar o torneio de Dubai em 2012. A situação não envolveu exatamente uma partida de tênis, mas sim um tenista. Andy Murray subiu no Khalifa e como bom britânico jogou futebol em um pequeno campo montado pela organização do torneio.

Todos esses jogos inusitados nos fazem gostar mais ainda desse esporte que já é tão apaixonante. Ficamos na expectativa das próximas divertidas loucuras que envolvam uma rede, bolinhas amarelas e astros da raquete.



terça-feira, 12 de novembro de 2013

Djokotri

A temporada da ATP chegou ao fim e o Finals esquentou a última semana com grandes disputas. Novak Djokovic conquistou o tricampeonato com uma campanha impecável.

 

Quem leu o post anterior viu que eu disse que o sérvio era o grande favorito (há! rs). Djokovic vinha mostrando seu melhor tênis nas últimas semanas, ganhando cada vez mais confiança e mostrando um lado emocional inabalável como era comum em 2011. Com um ótimo desempenho Novak venceu todas as partidas da primeira fase, não deu chances a Wawrinka na semi e foi perfeito na final diante do número um.

Rafael Nadal conseguiu fazer um torneio muito bom, apesar das inúmeras reclamações ao longo da semana, por conta do Finals ser sempre disputado no piso duro. Na fase de grupos Rafa jogou bem, Wawrinka deu muito trabalho, mas o espanhol mostrou superioridade. Na semi diante de Federer foi contundente e anotou a 22ª vitória para cima do suíço. Na final errou mais do que o normal e viu seu jogo anulado por Djokovic.

O capítulo 39 do maior clássico de todos os tempos do tênis mundial não foi tão empolgante quanto o esperado. Nole entrou em quadra determinado a defender seu título. O sérvio mostrou uma postura agressiva e jogo defensivo perfeito. Acuou o touro que não conseguiu achar a saída e acabou errando demais. No fim da partida Rafa tentou uma reação, porém Nole estava consistente e freou o espanhol. Assim, Djoko levantou o troféu do Finals pela terceira vez e conquistou o sétimo título do ano. Aliás, o sérvio fez um final de temporada perfeito, dos sete canecos, quatro foram conquistados após o US Open.

 
O estreante Stanislas Wawrinka foi a grande surpresa do torneio. Muita gente achava que o suíço iria entrar no torneio com ares de "já estou satisfeito de estar aqui". Porém, na primeira partida contra Berdych, Stan mostrou que tinha vindo para jogar sério. Fez um jogão diante de Nadal, mas ainda faltou um pouquinho para conseguir vencer. Com uma ótima vitória para cima de Ferrer se qualificou para a semifinal em sua primeira participação no Finals. Depois caiu na armadilha de Djokovic, que destruiu Wawrinka no jogo mental com rallies intermináveis.

 

Wawrinka sempre viveu a sombra de Roger Federer. Stan é um dos jogadores mais talentosos do circuito, entretanto teve o azar (ou não) de ser contemporâneo do maior tenista de todos os tempos. Mas esse ano o suíço que realmente brilhou foi Wawrinka. Graças a ele a Suíça termina o ano, pela primeira vez na história, com dois jogadores no top 10. A apresentação surpreendente do suíço merece um troféu Lucky Loser.

David Ferrer foi, mais uma vez, o tenista que mais jogou na temporada. Porém desta vez o espanhol terminou o ano esgotado. O cansaço de Ferrer já tinha sido perceptível em Paris. Em Londres a coisa ficou pior, sem tempo para descansar David não teve pernas para jogar contra os melhores do ano. Nesse final de temporada foram sete semanas seguidas de torneios. David tem um dos melhores preparos físicos do circuito ao lado de Nadal, Djokovic e Murray. Entretanto o espanhol tem 31 anos e precisa pensar melhor no calendário. Ferrer termina o ano com sua melhor colocação no ranking, a terceira posição, mas todo mundo sentiu falta do tênis envolvente do espanhol no último torneio.

 

Marrero e Verdasco perfeitos


Na chave de duplas a Espanha foi bicampeã, no ano anterior Granollers e Lopez venceram. Na atual temporada David Marrero e Fernando Verdasco desbancaram os Bryan’s Brothers e conquistaram título inédito.

 

A dupla espanhola foi a sexta a conseguir classificação para o Finals e não era apontada como favorita ao título. Mas Marrero e Verdasco começaram o torneio com todo o gás e venceram com facilidade os compatriotas Granollers/Lopez. Na segunda rodada desbancaram Paes/Stepanek por dois sets a zero e foram a primeira dupla a confirmar classificação para a semi. Na semifinal os espanhóis se aproveitaram do serviço ruim do brasileiro Marcelo Melo e do croata Ivan Dodig. Com ótimas devoluções dominaram os adversários e venceram, mais uma vez, sem dificuldades.

Na grande final Marrero e Verdasco entraram extremamente focados, sacaram e devolveram muito bem, além de mostrar muito entrosamento. Sem baixar a cabeça diante da melhor dupla do mundo, os espanhóis foram consistentes no match-tiebreak, desbancaram os americanos e levantaram a taça dos campeões. Marrero emocionou o público na cerimônia de premiação ao dedicar o título ao avô e precisou da ajuda do parceiro Verdasco para explicar que perdeu o avô no dia 11 de novembro de 2011.

Fernando Verdasco disputou o Finals em 2009 na simples, não venceu nenhum jogo. Agora nas duplas foi perfeito, o espanhol abusou dos golpes com seu forehand potente, devolveu muito bem, fez lindos lobbys defensivos, sacou de forma firme e fez um ótimo trabalho na rede. Isso tudo durante todo o torneio. Sinto falta de ver Verdasco jogar assim em simples. O espanhol termina o ano com 30º do ranking, muito pouco para um ex-top 10. Tomara que Fernando se motive para o próximo e ano e se dê conta do talento que tem.

#Brasilnasduplas



O Brasil parou nas semifinais do Finals, mas só tem a comemorar. Bruno Soares e Marcelo Melo fizeram as melhores campanhas da primeira fase. Marcelo e Dodig não fizeram um bom jogo na semi, entretanto venceram os irmãos Bryan pela segunda vez durante a fase de grupos. Mike admitiu que os brasileiros incomodam. Marcelo termina o ano como sexto do ranking individual, terceiro do ranking de duplas e um título de Masters 1000. Além de ter participado da final de Wimbledon.

Bruno e Peya fizeram grande jogo diante dos Bryans na semifinal. Foi a melhor apresentação dos meninos no torneio. O match-tiebreak foi decidido nos detalhes e como o próprio Bruno disse "faltou um pouquinho" para o melhor duplista do Brasil alcançar a final. Bruno e Alex fecham o ano como a dupla número dois e seis títulos, entre eles o Masters 1000 de Montreal. Além do vice-campeonato do US Open. Bruno é o terceiro do ranking atrás, apenas, de Mike e Bob Bryan.

O melhor ano da história do Brasil nas duplas. Desde Guga que não tínhamos resultados tão expressivos no tênis. Esperamos que os resultados não sejam ignorados e que o Brasil aproveite a boa fase para divulgar o esporte e preparar novos campeões.
Parabéns ao Bruno e Marcelo!



Sim, já estamos com saudades do nosso esporte favorito. Mas antes das férias de verdade, ainda rola a final da Copa Davis. A Sérvia de Novak Djokovic enfrenta em casa a República Tcheca de Tomas Berdych, atual campeã. A disputa começa na sexta-feira e é o assunto do próximo post. Até lá!



 



terça-feira, 5 de novembro de 2013

ATP Finals

Na última segunda-feira teve início o ATP Finals, evento que reúne os oito melhores jogadores e as oito melhores parcerias da temporada. O torneio fecha o calendário da ATP em 2013. Promessa de disputas acirradas e ótimo tênis na O2 Arena em Londres. 



Destaque para as participações brasileiras na chave de duplas. Bruno Soares e Alexander Peya são cabeças de chave do grupo B. O grupo está bem difícil e tem presença dos atuais campeões Marcel Granollers e Marc Lopez, David Marrero e Fernando Verdasco (que já disputou o Finals em simples) e os algozes da final do US Open, Leander Paes e Radek Stepanek.  Chave dura, mas a dupla número dois do ranking já provou que tem tênis suficiente para vencer qualquer dupla do circuito. 
 
   
Marcelo Melo e Ivan Dodig estão no grupo A. Junto aos principais favoritos ao título, Bob e Mike Bryan, além de Aisam-ul-Haq Qureshi e Jean Julien Rojer e Mariusz Fyrstenberg e Marcin Matkowski. A chave também é complicada, mas a dupla subiu de produção neste final de temporada e tem tudo para conseguir a classificação para a semifinal.  Boa sorte aos nossos mineiros.

Na disputa de simples, Rafael Nadal encabeça o grupo A e tem a companhia do compatriota David Ferrer, Tomas Berdych e Stanislas Wawrinka.

 
Rafael Nadal entra como o principal favorito ao título, um dos poucos que ainda não brilha em sua estante. Rafa fez uma temporada impressionante, até aqui conquistou 10 troféus, entre eles, Roland Garros e US Open. Tem 71 vitórias no ano e apenas seis derrotas. Retomou o primeiro lugar do ranking e precisa de duas vitórias para terminar o ano como líder. Entretanto, o piso duro e coberto de Londres está longe de ser a superfície em que o espanhol mais gosta de jogar. Além disso, Rafa demonstrou o peso da temporada arrasadora em Paris. Durante a semifinal diante de Ferrer o próprio Nadal reconheceu que suas pernas estavam lentas. Resta saber se o touro ainda tem fôlego suficiente para mais um título.



David Ferrer não conseguiu defender o seu título em Paris no último domingo. Porém, voltou a mostrar a disposição e o ótimo tênis do ano passado. O espanhol, que conquistou dois títulos, tem 60 vitórias e 21 derrotas na temporada. O ano de David não foi tão bom quanto o de 2012, mas tem grandes chances de terminar a temporada como o terceiro melhor jogador do ano, sua melhor posição. Ferrer joga bem nos principais torneios do circuito, a consistência típica do espanhol o coloca na posição de favorito a alcançar semifinal.  


Tomas Berdych teve um ano estranho, o tcheco que costuma causar no circuito, não conquistou nenhum título. Berdych tem 52 vitórias e 22 derrotas, entre elas três vice-campeonatos. Foi uma temporada abaixo do esperado, mas Tomas não costuma baixar a cabeça diante dos principais jogadores. Com golpes potentes e seu jogo agressivo pode surpreender no grupo. É uma boa hora para retomar a confiança e terminar a temporada de forma positiva.


Stanislas Wawrinka é o estreante no Finals. O suíço teve a melhor temporada da carreira e chegou a figurar na posição sete do ranking. Wawrinka tem 49 vitórias e 21 derrotas no ano e conquistou um título. Entretanto, o desempenho de Stan mostra sua grande evolução, um exemplo foi ter alcançado a semifinal no US Open. Desde que Magnus Norman assumiu o cargo de treinador de Stan, o suíço vem mostrando um tênis muito mais arrojado do que antes. Dependendo do resultado da partida diante de Ferrer, pode surpreender.

No grupo B, Novak Djokovic encabeça a chave e tem a companhia de Juan Martín Del Potro, Roger Federer e Richard Gasquet.


Novak Djokovic é, em minha opinião, o grande favorito ao título. Djoko está com todo o gás nesse final de temporada, os títulos em Pequim, Xangai e Paris mostram isso. Além do fato de defender o título em Londres, a vontade do sérvio de terminar o ano em ótima forma está clara. No ano são 67 vitórias, nove derrotas e seis taças conquistadas. Ao contrário de Nadal, Nole joga muito bem no piso duro indoor. A chave é dura, mas ainda assim é grande favorito do grupo.


Juan Martín Del Potro vem fazendo uma grande temporada. O argentino conquistou quatro títulos, tem 50 vitórias e 14 derrotas. Del Potro venceu Nadal, Djokovic e Federer em torneios distintos e suas boas campanhas o fizeram subir para a quinta colocação do ranking. O grupo é bem difícil, mas as vitórias anteriores podem dar um ânimo a mais para o argentino. O jogo chave é contra Federer. Delpo tem talento de sobra para surpreender e ir longe no torneio.


 
Roger Federer teve uma temporada para esquecer. Conquistou apenas um modesto título, soma 43 vitórias e 15 derrotas. Apesar disso, o hexacampeão do Finals, mostrou uma boa recuperação nos últimos torneios e a confiança está voltando. Não se pode esquecer que Roger joga, sempre, muito bem na temporada indoor de fim de ano. Deu azar de cair junto a Djokovic e Del Potro, mas Federer depende apenas dele para classificar a semi.


Richard Gasquet herdou a vaga de Andy Murray. Porém, isso não tira o brilho da boa temporada do francês. Richard conquistou três títulos, tem 50 vitórias e 20 derrotas no ano. Assim como Wawrinka, surpreendeu ao chegar a semi do US Open. Entretanto, Gasquet caiu em um grupo dificílimo. Além de já ter dado mostras do cansaço pela temporada puxada. A missão do francês é dura. Voltar a jogar o Finals, após seis anos, já é o grande trunfo da temporada de Richard.

O Sportv 2 transmite o torneio, a terça-feira reserva as estreias de Bruno, Marcelo, Nadal, Djokovic e Federer:

10h Peya/Soares x Paes/Stepanek

12h Rafael Nadal x David Ferrer

16h Bryan/Bryan x Dodig/Melo

18h Roger Federer x Novak Djokovic

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

40x Nole



Os organizadores do Masters de Paris viviam reclamando que o torneio era prejudicado pelo calendário. Por ser o penúltimo torneio do ano acaba esvaziado ou que os principais jogadores tinham um desempenho abaixo do esperado. Pois nesta edição ninguém pôde reclamar. Os oito melhores tenistas da temporada fizeram as quartas-de-final do torneio, um aquecimento para o Finals. 

Os principais jogadores do circuito fizeram grandes batalhas no Palácio de Bercy. Roger Federer conseguiu uma ótima vitoria para cima de Juan Martin Del Potro, fez uma boa apresentação diante de Novak Djokovic. Parece que o suíço está mesmo reencontrando seu melhor tênis.

Novak Djokovic chegou ao fim da temporada em grande forma, não demonstra nenhum cansaço e está com sede de títulos. Chegou a final de Paris como favoritíssimo. David Ferrer surpreendeu a todos ao derrotar o compatriota Rafael Nadal na semifinal.

Na partida final, Ferrer parecia muito seguro e cheio de moral para defender sua coroa. Porém, Djokovic cresceu para cima do espanhol no final do primeiro set, pressionou, conseguiu a quebra e virou a parcial. No segundo set Ferrer não se deixou abalar e continuou com seu jogo consistente, mas quando se viu na mesma situação do primeiro set e foi sacar para fechar, acabou sucumbindo diante de Novak. O set teve o mesmo desfecho do primeiro, com um 7/5 Djokovic se sagrou campeão em Paris.

Assim, Novak Djokovic chegou ao seu título de número 40 da carreira. Entra para um seleto grupo de apenas 15 jogadores que conseguiram tal feito na história. E o sérvio está cheio de apetite, nesta semana defende o título do Finals e na próxima ainda joga a final da Copa Davis. A temporada pode terminar tão boa quanto começou para Nole.

David Ferrer jogou bem melhor do que vinha fazendo nas últimas semanas. Conseguiu uma vitória histórica diante de Rafa. Entretanto, David ainda não consegue segurar o emocional diante do Big 4 nos momentos mais importantes. Pena, porque o espanhol merecia muito mais títulos de Masters do que ele tem.   

WTA


Simona Halep fechou seu grande ano com chave de ouro. A romena venceu neste domingo o torneio de Sofia, que é jogado pelas jogadoras que não conseguiram classificação para o Championship. Halep mostrou que está pronta para entrar na disputa por posições no top 10 no próximo ano.

Na final da Fed Cup a Itália se sagrou campeã. Na disputa com uma Rússia totalmente desfalcada, por conta de boicote das jogadoras ao treinador, o time de Sara Errani não teve muitas dificuldades e levantou o caneco.

Bellucci


Thomaz Bellucci enfim voltou a vencer e terminou campeão do Challenger de Montevidéu. Thomaz tenta retomar a confiança e promete uma super pré-temporada para fazer do ano que vem um ano totalmente diferente desse. Vamos combinar que pior do que tá não dá para ficar, né? Espanta essa uruca, meu filho!  Troféu Lucky Loser da semana para da sorte.        

Hoje começa o ATP Finals, com presença verde e amarela e em dose dupla. Prometo um post do Finals até amanhã. Enquanto isso, bora acompanhar na telinha. 

             

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Rainha Serena

O WTA Championships deste ano não alcançou as expectativas, com Serena cansada, Vika machucada e Radwanska apagada o torneio ficou devendo em qualidade e emoção. Jamais achei que falaria isso, mas Maria Sharapova fez muita falta no torneio.  



Serena mostrou toda a sua superioridade e mesmo se arrastando em quadra na semifinal e jogando muito abaixo na final, conseguiu ser tetracampeã do Championships. Assim, a americana fechou o ano com chave de ouro. Após 82 partidas, Serena chegou a 11 títulos na temporada e confirmou seu status de rainha do tênis.
Durante a chave de grupos Serena foi perfeita, venceu todos os jogos com tranquilidade. Na semifinal, diante de Jankovic, vimos em quadra uma Serena esgotada, sem forças. Mesmo assim a sérvia não teve força mental suficiente para vencer a rainha. Na final Serena estava melhor, mas longe de ser a Serena arrasadora. Porém, depois de um ótimo começo Na Li baixou a intensidade, viu a americana voltar ao jogo e no último set a chinesa se perdeu totalmente e levou um pneu. As parciais foram de 2/6, 6/3 e 6/0.

Serena mostrou-se muito aliviada pela conquista do título ao final da partida. Após uma temporada longa e recheada de vitórias, não poderia terminar de outra maneira. A americana conquistou o título do torneio das campeãs pela quarta vez. Assim, Serena iguala a marca de Chris Evert e fica atrás, apenas, de Graf com cinco e Navratilova com oito conquista. E a americana se tornou a jogadora mais velha ao vencer o torneio com 32 anos e um mês.

Na Li fez um ótimo torneio, chegou a final pela primeira vez, com o resultado subiu para o melhor ranking da carreira e ocupa a terceira posição. Apesar do final dramático na partida a chinesa termina o ano com bons resultados.

A maior decepção do torneio foi Agnieszka Radawanska. A polonesa que era favorita para alcançar a semifinal em seu grupo, não conseguiu vencer nem um set durante todo o torneio e terminou na lanterna. A surpresa boa ficou por conta de Jelena Jankovic, que no inicio do ano não era apontada como uma das prováveis jogadoras a conseguir classificação para o Championships, a sérvia ganhou de Azarenka, foi a semifinal e ainda roubou um set de Serena.

Lucky Loser


Victoria Azarenka não jogou bem nos dois primeiros jogos do torneio, ganhou um e perdeu o outro. O terceiro e decisivo jogo foi decepcionante, a bielorrussa se contundiu logo no início da partida contra Na Li. Vika mal conseguia se mover em quadra, chorou, gritou, mordeu a própria mão, mas não abandou a partida. Quem acompanha o circuito sabe que ela tem histórico de abandonos. Porém, a loira segurou a dor até o fim e disse que foi em respeito aos fãs e a adversária. Vika mostrou que é guerreira e que esporte não tem só a ver com ganhar e perder. Ganhou o nosso respeito e nosso troféu Lucky Loser da semana.

 

Enfim os Bryans




A temporada de Bruno Soares e Alexander Peya tem sido ótima. A dupla número dois do mundo alcançou resultados impressionantes, porém faltava um resultado. Após quatro derrotas, finalmente a parceria conseguiu derrubar os poderosos Bob e Mike Bryan.

Bruno e Alex eram os atuais campeões do torneio de Valência e buscavam retomar o ritmo após a lesão do austríaco.  Em um jogo emocionante a dupla do brasileiro teve que salvar quatro match-points no super tiebreak para alcançar o bicampeonato. As parciais foram de 7/6 (7/3), 6/7 (1/7) e 13/11. Esse é o sexto troféu da dupla no ano e sétimo de Bruno que venceu em Auckland com Colin Fleming.

Uma vitória sobre os melhores da história as vésperas do ATP Finals pode dar muita confiança a parceria. Mas, antes rola a disputa do último Masters do ano em Paris. Soares e Peya buscam o segundo título de categoria 1000 com fôlego renovado, sorte aos dois.

 Torcidas desapontadas


O público suíço teve que assistir pelo segundo ano consecutivo a derrota de Roger Federer para Juan Martín Del Potro na final do torneio da Basiléia. Federer vinha jogando bem melhor do que nos últimos torneios. Porém na final Roger mostrou a inconstância que o acompanhou durante o ano. Diante de um Del Potro sólido acabou caindo mais uma vez.

O jogo foi bem disputado, mas nos momentos decisivos o argentino mostrou mais controle e conquistou o bicampeonato. As parciais foram de 7/6, 2/6 e 6/4. Após a partida Delpo se desculpou por estragar a festa dos suíços:

“Me perdoe por vencer aqui. Você faz história a cada torneio que joga e estou orgulhoso ter jogado no mesmo tempo que você”.  

Del Potro faz uma ótima temporada e já alcançou sua meta do ano que era subir ao top 5. O argentino já está classificado para o ATP Finals. Delpo é sem dúvida um dos tenistas mais talentosos do circuito, joga de igual para igual com os melhores.

Federer amargou sua quinta derrota em finais na Basiléia. Entretanto, o suíço mostrou um tênis mais vistoso, mais confiança e maior poder de reação. Ainda não está classificado para o Finals, mas deve ser classificar. Em Paris ele somará pontos, pois não jogou na última edição.


Na Espanha a torcida também não pôde comemorar. David Ferrer, que defendia o título em Valência, foi derrotado por Mikhail Youzhny. O russo leva vantagem no confronto direto com Ferrer. Durante a partida ficou claro que o espanhol tem muitas dificuldades para encaixar o jogo contra Mikhail. As parciais foram de 6/3 e7/5.

Youzhny mostrou um tênis muito envolvente e sólido durante o jogo. O ex-top 10 não deu muitas chances a Ferrer e mostrou ótima disposição aos 31 anos. Esse foi 10º título da carreira do russo, o segundo do ano. A conquista fez Youzhny subir sete posições no ranking e agora ocupa a 14ª colocação.

David faz uma temporada irregular e demonstrou cansaço durante o jogo. O espanhol é um dos jogadores que mais joga durante o ano. Com a perda dos pontos Ferrer volta à quarta posição no ranking. Nesta semana defende o título de Paris.  

 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

WTA Championships

Nesta terça-feira começa o WTA Championships em Istambul. O evento reúne as oito melhores da temporada. Se você nunca assistiu ao torneio não deveria perder a oportunidade. O Championships costuma trazer jogos de muita qualidade, pois reúne a nata do tênis feminino. Evitando aquelas partidas sonolentas em que só uma jogadora joga.

As regras são as praticamente as mesmas que as do ATP Finals. As oito tenistas são divididas em dois grupos de quatro, todas jogam contra todas dentro do grupo e as duas primeiras de cada grupo se classificam para as semifinais.
O grupo vermelho reúne Serena Williams, Agnieszka Radwanska, Petra Kvitova e Anquelique Keber.    

 
Não há dúvidas que Serena Williams é a grande favorita ao título. A americana venceu 10 torneios no ano, entre eles Roland Garros e US Open. Serena tem 73 vitórias e quatro derrotas na temporada. A número um do ranking disputa o Championships pela sétima vez. Serena terminou com a taça em três oportunidades: 2001, 2009 e 2012. Não há muito que falar sobre Serena, ele é a favorita e ponto final. 

 
Agnieszka Radwanska é aquela jogadora que tem muito potencial, mas que não explode nunca. A polonesa não consegue alcançar o nível de Serena, Sharapova e Azarenka. Nos jogos contra as três, Agnieszka sempre acaba cedendo no final. O ano não foi muito bom para a esquentadinha Radwanska, ela conquistou três títulos pequenos. O melhor resultado foi a semifinal de Wimbledon, quando foi derrotada pela alemã Sabine Lisicki. No ano são 54 vitórias e 16 derrotas. Porém, a polonesa pode alcançar a melhor posição no ranking após o torneio de Istambul. Beneficiada pela ausência de Sharapova que está lesionada, Radwanska pode subir ao terceiro lugar. Mas defende a semi do ano passado, então não será tarefa fácil.

 
Petra Kvitova foi campeã do Championships em 2011. O melhor ano da carreira da tenista, quando se sagrou, também, campeã de Wimbledon. De lá para cá a coisa mudou muito, a tcheca caiu de produção e nunca se sabe quando ela vai jogar bem ou mal. Nesse final de temporada Petra conseguiu melhores resultados, voltou ao top 10 e faz sua terceira participação no Champioships. Na temporada a tcheca tem 49 vitórias e 21 derrotas. O grupo é difícil, mas Kvitova sabe o caminho do título.


Angelique Kerber foi à última a conseguir vaga em Istambul. A alemã correu no fim da temporada para conquistar os pontos suficientes para a sua classificação. Essa é a segunda vez que Angelique disputa o torneio. Tem 44 vitórias e 21 derrotas no ano. Conquistou um título, em Linz, há duas semanas. Kerber tem um ótimo jogo defensivo, mas o lado mental não é tão forte. Nessa temporada jogou abaixo do esperado, o que fez com que a alemã caísse no ranking. No ano passado ele chegou ao posto de número cinco da WTA. Kerber tem a difícil missão de conseguir bons resultados em um grupo duríssimo.

 O grupo branco conta com Victoria Azarenka, Na Li, Sara Errani e Jelena Jankovic.


Victoria Azarenka teve um ano de altos e baixos, mas isso não tira o favoritismo da bielorrussa que costuma jogar bem nos principais torneios. Vika conquistou três títulos no ano: o bicampeonato do Australian Open, Doha e Cincinnati, nos dois últimos derrotando a poderosa Serena Williams. Com exceção de Wimbledon onde abandonou por lesão, fez boas apresentações nos Grand Slams, foi a semifinal de Roland Garros e a final do US Open. Na temporada são 42 vitórias e sete derrotas. Participa pela quinta vez do evento, foi vice-campeã em 2011. Azarenka tem tudo para fazer um grande torneio em Istambul, só precisa estar focada.      


A chinesa Na Li é uma das jogadoras que pode nos surpreender na Turquia. Li tem um ótimo jogo, é consistente, porém frente a principais jogadoras do circuito costuma perder no lado mental. Apesar disso deve se classificar para as semifinais. No ano foram 40 vitórias e 13 derrotas. A chinesa conquistou um título e fez uma grande apresentação no Australian Open.


Sara Errani jogou bem abaixo do que ela apresentou na temporada de 2012. A italiana joga o Championships em simples e duplas, ao lado da compatriota Roberta Vinci. Entretanto, em simples terá que ser muito consistente e apresentar um ótimo tênis se tiver pretensões de avançar no torneio. No ano, Sara tem 46 vitórias e 22 derrotas. Conquistou um título em Acapulco. Talvez a italiana tenha mais chances na disputa das duplas.


Jelena Jankovic não tem mais a mesma consistência que tinha em 2008, quando era líder do ranking. Porém, fez uma boa temporada e boas apresentações diante das principais jogadoras do circuito. Conquistou um título, em Bogotá. Tem 45 vitórias e 18 derrotas na temporada. Essa será a sua quinta participação no Championships, a sérvia foi a semifinal em duas oportunidades. Jankovic tem experiência de sobra para surpreender e de repente fazer um bom resultado em Istambul.  

O Bandsports transmite o Championships de Istambul a partir dessa terça-feira, os jogos terão inicio as 12h00. Então, reserve seu lugar no sofá porque as meninas tem tudo para desfilar o melhor do tênis nesta semana.   

Ordem dos jogos de hoje:

12h00 Victoria Azarenka x Sara Errani
14h00 Serena Williams x Angelique Kerber

16h00 Agnieszka Radwanka x Petra Kvitova