Primeiro Novak Djokovic anunciou Boris Becker como seu novo treinador
para a temporada de 2014. Depois, Roger
Federer divulgou que Stefan Edberg
trabalhará com ele por pelo menos 10 semanas. As duas notícias agitaram o mundo
do tênis nas últimas semanas. Além de reacender uma antiga rivalidade.
Confesso
que não sei bem o que Djokovic espera
com a contratação de Becker. O
sérvio é um dos jogadores mais completos do circuito. O mental de Nole é muito forte e confiança não
falta. Isso não quer dizer que Becker
não tenha nada a acrescentar, pelo contrário. O alemão é dono de seis Grand Slams, foi líder do ranking por
12 semanas e é considerado um dos melhores jogadores de toda a história. Sem
dúvida tem bons conselhos a oferecer a Djokovic.
Roger Federer vive um momento
onde tudo que ele precisa é confiança. O suíço começou sua pré-temporada cedo,
trocou de raquete e inicia a temporada já na primeira semana. Tudo diferente do
último ano, justamente por um ano bem diferente de 2013. Stefan Edberg trabalhou com Federer
durante a preparação para a nova temporada e inicia o trabalho como treinador
no Australia Open. Edberg é o ídolo
de infância de Roger. Tem melhor
maneira de regastar a confiança do que ouvir conselhos do seu herói? Não, mesmo
que você tenha 32 anos. E, principalmente, se seu herói for uma lenda, dono de
seis Slams e tenha liderado o
ranking por 72 semanas.
As
parcerias com ídolos do passado geraram polêmica, muitos aprovaram e outros
desaprovaram. Rafael Nadal, por
exemplo, se mostrou contrário a atitude dos rivais. "O
que mais importa é o jogador, não o treinador. No meu caso, nunca precisei de
um campeão do passado para me treinar. Há maneiras diferentes de achar seu treinador
certo. Alguns jogadores precisam de um cara que foi um grande campeão no
passado para acreditarem neles mesmos. Eu, por exemplo, não preciso de uma
lenda me treinando para confiar que a pessoa está falando as coisas
certas", alfinetou o espanhol.
Convenhamos que para Nadal as coisas sejam diferentes. Essa
pessoa que “fala as coisas certas” para Rafa
é o tio dele. E isso desde que ele tinha quatro anos. Entretanto, para os outros
a coisa funciona de maneira diferente. Quem vai discordar que Andy Murray tomou a atitude correta quando
contratou Ivan Lendl? Após a
parceira com o tcheco, Murray,
ganhou o ouro Olímpico em Londres, US Open e Wimbledon.
A parceria entre Stanislas
Wawrinka e Magnus Norman também
rendeu ótimos resultados. Além da mudança de comportamento em quadra, Wawrinka teve o melhor ano da
carreira e fechou a temporada como número oito do ranking.
A única parceria do tipo que não deu bons resultados foi a de Nicolás Almagro e Juan Carlos Ferrero. Almagro teve um ano péssimo e não conquistou
nenhum título. Porém, o espanhol está longe de ser um jogador impressionante.
Com certeza isso faz diferença na hora de ver os resultados.
O certo é que a temporada mal começou e todos estão curiosos para
saber quais serão os resultados dessas parcerias. Além das disputas quentes
dentro de quadra, vai rolar rivalidade entre os treinadores. Boris Becker e Stefan Edberg travaram umas das maiores rivalidades do tênis quando
jogadores. Foram 35 jogos entre eles, Becker
venceu 25 e Edberg 10.
Acrescente Ivan Lendl na disputa,
com Becker ele fez 21 partidas, com
11 vitórias de Lendl e 10 de Becker. Entre Lendl e Edberg foram 27 jogos, Lendl
venceu 13 e Edberg 14. Os
treinadores podem até negar, mas sem dúvida, a rivalidade entre eles irá
reacender quando seus pupilos se enfrentarem.
Penso que é muito bom para o tênis à participação direta dos
ídolos do passado. Esse tempero a mais só faz a nossa curiosidade ficar ainda
maior. A temporada tem tudo para ser das melhores.
A largada já foi dada. Esta semana, Nadal, Murray e Ferrer jogam em Doha e Federer joga em Brisbane. Então, feliz ano novo a todos
e aproveitem muito a nova temporada ao lado dos nossos ídolos.
Muito legal esse texto abordando os técnicos ex-tenistas, grandes campeões! O Rafa é foda! hahaha. Beijo,Deb.
ResponderExcluirO Rafa sempre do contra! rs
ExcluirBeijo