domingo, 30 de junho de 2013

As Loucuras de Wimbledon

Chegou ao fim a primeira semana de Wimbledon. Aconteceu de tudo na grama sagrada de Londres. A zebra andou livre, leve e solta assustando os peixões da raquete. As contusões ajudaram a mandar para casa alguns favoritos. Além de sete desistências em um único dia. Tudo isso junto faz do Grand Slam britânico um dos mais peculiares dos últimos tempos.
É claro que todo mundo queria assistir Nadal e Federer duelarem mais uma vez, entretanto é muito interessante poder conferir outros tenistas aparecendo no circuito. Se Djokovic ou Murray não levarem a taça vai ser muito legal. Fugir do corriqueiro faz bem ao esporte.
Dos vinte tops 10 que iniciaram o torneio, entre homens e mulheres, sobraram apenas nove na disputa das oitavas de final. Cinco homens e quatro mulheres. Desses cinco, quatro estão do mesmo lado da chave. Murray reina sozinho na parte de baixo da tabela.


A grama que um dia já dominou o circuito mundial, sendo a superfície de três dos quatros Grand Slams, parece ter virado vilã. O festival de tombos no All England Club geraram muitas criticas. O torneio se isentou da culpa, apesar de ter trocado o responsável pela verdinha logo após o fim da última disputa. Muitos colocaram a culpa no pouco tempo de preparo para mudança de piso.  A distância de apenas duas semanas entre Roland Garros e Wimbledon é sem dúvida muito pequena.
Wimbledon adora manter toda a sua tradição, quadras sem propagandas de patrocinadores, jogadores vestindo roupas brancas, as partidas começando sempre às 14h00, entre outras. Acho difícil o torneio aceitar mudar de data. Mas a ITF precisa rever o calendário. Sou a favor de aumentar o tempo de disputa na grama. Por que não temos um Master 1000 na grama?

Wimbledon nunca foi meu major preferido, mas esse ano está para lá de interessante. Fiquei surpresa vendo a quadra central do All England Club fazendo ola, devidamente acompanhados por Nole, isso nunca foi comum por lá. Parece que os Jogos Olímpicos fizeram bem para os britânicos quebrarem o gelo. Torcedores argentinos, suíços e australianos pintaram as arquibancadas do torneio.


Confesso que achei um exagero da organização do torneio pedir ao Federer que mudasse o tênis. O suíço apareceu com um calçado branco, mas com solado laranja na primeira rodada. Recebeu uma advertência da organização, que comunicou-lhe que deveria prevalecer o branco. No segundo (e último) jogo de Roger em Londres o tênis era todo branco. Aí eu pergunto: “ninguém viu os shorts de Dona Serena e Dona Sharapova?”. Também laranjas e bem visíveis sob os vestidos brancos. A organização não disse nada. Eu não entendi qual o parâmetro para classificar quem foge a tradição.

Fotos: Reuters e AP

 
Domingo de descanso e segunda cheia de emoções na Inglaterra. Será que a zebra vai aparecer de novo? Apesar das doideiras que vimos até aqui, ainda aposto em Djokovic e Serena levantando a taça no fim. Em quem você aposta?  Reserve seu lugar no sofá que amanhã o dia promete.

Débora Souza

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